Joaquim Cartaxo
Participação
cidadã significa tomar parte de algo ou em algo, no sentido da construção de
uma nova realidade nos marcos das estratégias do desenvolvimento local,
integrado e sustentável. Sociedade civil, câmara de vereadores, prefeitura municipal
e iniciativa privada são sujeitos políticos e sociais da realização desse
desenvolvimento, respeitadas, as contradições e peculiaridades de cada um.
Sociedade
civil. Exerce o direito à participação tanto na fase de
elaboração como nas etapas de acompanhamento da implantação e avaliação da
execução dos projetos de desenvolvimento. Para isso, há fóruns, conselhos,
comitês e comissões de participação e envolvimento da sociedade. Instâncias com
o objetivo de proporcionar às organizações e às lideranças o fácil e pleno
acesso a informação, o espaço de livre opinião quanto às políticas, programas,
projetos e ações governamentais.
Câmara
de vereadores e Prefeitura. Detém o poder de articular os sujeitos políticos e
sociais em torno de projetos de interesse comum entre municípios, tais como:
plano de turismo e lazer, fortalecimento institucional da gestão municipal,
proteção de recursos ambientais, conservação de estradas, gestão de saneamento
ambiental, compras governamentais, consórcios.
Iniciativa
privada. As empresas consomem energia e matéria; produzem resíduos poluidores e
distribuem produtos geradores de lixo; querem produzir ao menor custo e
comercializar a produção com vantagens econômicas máximas. Por outro lado,
pagam impostos, suprem necessidades de consumo; geram empregos e melhorias
socioambientais que variam conforme as vantagens e limites de escolha para se
estabelecer ou se manter em determinado lugar. Muitas empresas têm compromissos
com o desenvolvimento social, que se
efetivam por meio do financiamento de ações comunitárias. Assim, procuram
melhorar a imagem junto aos consumidores e ao público em geral.
Fonte: jornal O POVO, edição de 18/08/2015
Foto: http://polis.org.br/noticias/polis-debate-politicas-publicas-com-participacao-popular-na-cidade-de-sao-paulo/
Por Joaquim Cartaxo
Os pequenos negócios são um dos principais motores da economia
brasileira na atualidade que se traduz nos seguintes números:
representam mais de 90% do número de empresas ativas; respondem pela
geração de 27% do PIB; recolhem mais de R$ 300 bilhões em impostos;
contribuem para a geração superior a 50% dos empregos formais e por 40%
de toda a massa salarial.
Por si, esses números são
suficientes para justificar que os pequenos negócios precisam estar na
prioridade da agenda da sociedade, do terceiro setor e poder público
brasileiros. Entretanto, a relevância dos pequenos negócios está muito
além desses números que podem parecer distantes ou sem significado para a
maioria da população.
A importância, o valor material e
imaterial das micro e pequenas empresas estão no dia a dia das pessoas;
no local onde elas moram os pequenos negócios fazem a diferença; são
parte da rotina delas; geram o emprego do vizinho, do amigo ou familiar;
fortalecem, animam a economia local e ajudam a melhorar a vida da
comunidade.
Sublinhem-se as iniciativas europeias de
valorização do comércio local promotoras do consumo responsável e que
estimulam comprar dos pequenos comércios locais, defendendo a capacidade
deles de protagonizar a recuperação da cidade viva, segura, amável,
multifuncional, comercialmente justa e socialmente equitativa,
culturalmente diversa e geradora de emprego na comunidade.
Amanhã,
dia 5 de agosto, o Sebrae lançará o Movimento Compre do Pequeno
Negócio, que tem por fim conscientizar a população brasileira sobre a
importância das micro e pequenas empresas para o desenvolvimento do
País; conscientizar que comprar do pequeno negócio é um ato de cidadania
para a transformação da realidade brasileira; sensibilizar o consumidor
a valorizar o pequeno comércio da vizinhança, tendo como marco o dia 5
de outubro, data em que se comemora simbolicamente o “Dia da Pequena
Empresa”.
Fonte: jornal O Povo, edição de 4/8/2015