terça-feira, 21 de julho de 2015

AGLOMERADOS CRIATIVOS

Por Joaquim Cartaxo


  
Aglomerações econômicas culturais reúnem territorialmente sujeitos sociais, econômicos e políticos com vistas ao desenvolvimento de atividades específicas, em que a capacidade criativa das pessoas é o maior capital e a diferença da economia criativa dos outros setores econômicos.
Sublinhe-se que o conceito de economia criativa se encontra em construção e evolução permanente à volta do mundo, dada a natureza dela, sustentada no relacionamento entre a criatividade, o simbólico e a economia. Portanto, a economia criativa combina as atividades econômicas sujeitas ao conteúdo simbólico e à inventividade como fatores mais significativos para a produção e a comercialização de bens e serviços.
Estudiosos da economia criativa registram o modo de criatividade em que as pessoas se realizam como indivíduos, característica encontrada em todas as sociedades e culturas. Outro modo é o que gera produto, mais forte nas sociedades industriais que colocam valor mais alto na novidade, na inovação tecnológica, na propriedade intelectual.
Criatividade combinada com os aspectos simbólicos permite à economia criativa fomentar arranjos dos seguintes campos culturais: artes de espetáculo (dança, música, circo, teatro); audiovisual e livro, leitura e literatura (cinema e vídeo, publicações e mídias impressas); criações culturais funcionais (moda, design e arquitetura); expressões culturais (artesanato, culturas populares, culturas indígenas, culturas afro-brasileiras, artes visuais, arte digital); patrimônio (material, imaterial).
Inclusão produtiva e melhoria da competitividade desses segmentos culturais nos mercados requer a realização do inventário de aglomerações criativas, planejamento estratégicos delas com seus respectivos modelos de negócios, integrando e articulando interesses públicos e privados envolvidos; promovendo a sustentabilidade socioambiental e econômica dos territórios criativos.

Fonte: jornal O Povo, edição de 21/07/2015