domingo, 20 de abril de 2014

SOBRE AS MEDIDAS IMPOPULARES DE AÉCIO NEVES

 
Por Evaristo Almeida 

Lula e Dilma
O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves manifestou, durante uma conversa com empresários a intenção de tomar medidas impopulares no Brasil.

A imprensa brasileira, que tem a mesma matriz ideológica de Aécio Neves não se perguntou quais seriam essas medidas. Lembrando que medidas impopulares geralmente são tomadas por ditaduras. Foi assim em 1964, fechando o Congresso Nacional, tirando o direito político dos brasileiros, perseguindo sindicatos e arrochando salários. E ainda prendendo, torturando e assassinando brasileiros e brasileiras.

Os principais assessores econômicos de Aécio Neves seguem os mesmos preceitos econômicos que tinham os economistas que assumiram com o golpe de estado de 1964, que tirou do poder o presidente João Goulart.

A economia pode ser dividida em duas correntes principais, uma progressista, que preza a criação de emprego, de renda, combate a pobreza e a desigualdade social e outra de matriz neoliberal, orientada para o lucro dos empresários.

A política econômica implantada no Brasil a partir de 2003 defende os trabalhadores. O país atualmente tem uma das menores taxas de desemprego do mundo. O resultado disso é que o salário mínimo teve crescimento real de 72% desde a posse do presidente Lula em 2013, os trabalhadores tiveram aumento real de renda de 3%. É isso que importa na análise de uma política econômica progressista.

A política econômica implantada a partir de 2003 é virtuosa, transformou um setor que estava marginalizado, como o naval, agora alçado ao quarto maior do mundo. No início de 2003 empregava seis mil trabalhadores e hoje garante carteira assinada a mais de setenta mil pessoas.

Isso por causa da determinação política do presidente Lula em construir navios e plataformas no país e não no exterior como era no governo Fernando Henrique Cardoso.

A economia é uma ciência cujo vigor é mais política do que teórica, principalmente se for levado em conta o pensamento neoliberal que está mais para barbárie do que para civilização.

O ideário neoliberal foi desenvolvido  ás custas de dezenas de milhares de mortes com o golpe de Estado de 1973, no Chile, dado por Pinochet junto com empresas transnacionais estadunidenses. Eles puseram no comando economistas formados na Universidade de Chicago, que colocaram em prática as teorias que dominariam o mundo na década de 1990, arrasando as economias da América Latina e provocando o colapso dos Estados Unidos em 2008 e da Europa em 2011.

E qual é o princípio dos neoliberais? É um princípio primitivo de que o Estado é o grande inimigo e deve ser desmontado, como Fernando Henrique Cardoso fez em parte no período 1995-2002. Para eles o mercado resolve tudo.

Essa premissa não é verdadeira, pois além provocar o apagão elétrico por falta de planejamento e intervenção estatal, o país foi vítima de três crises econômicas, teve a dívida líquida dobrada e o Brasil em 2002 estava arruinado.

Quais seriam as medidas impopulares pregadas por Aécio? A julgar pelo que dizem seus principais assessores econômicos, seriam arrocho do salário mínimo (como fez a ditadura civil militar de 1964), aumento do desemprego para segurar o crescimento real dos salários e na ótica dos neoliberais melhora a produtividade do país (a principal causa da perda da produtividade brasileira é o câmbio sobrevalorizado), taxa de juros maior, redução dos gastos com custeio (a que é gasta com a população mais necessitada), nova abertura ao comércio exterior (provocando quebra de empresas e aumento do desemprego), alinhamento automático aos Estados Unidos e ao Acordo do Tratado do Pacífico (que transformaria o Brasil numa colônia dos Estados Unidos, como o são México e Canadá) e um dos principais objetivos dos neoliberais que é acabar com os direitos trabalhistas( uma grande conquista do povo brasileiro).

Também entra na pauta a privatização de importantes empresas brasileiras. Empresas como a Petrobras, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal entre outras  que seriam passadas nos cobres para grupos estrangeiros. A perda de controle dessas empresas pelo Estado acabaria com a possibilidade do Brasil ser um país desenvolvido.

Eles re-instalariam as políticas do mal-estar social implantadas no período 1995-2002, ou sádico-social, pois os economistas que a implantariam nasceram ricos, e as conseqüências da política neoliberal como o desemprego, aumento da pobreza e da violência social, nunca os atingiriam.

Os economistas vinculados ao projeto de Aécio Neves não implantariam  o imposto sobre grandes fortunas, para distribuir ainda mais a renda, não combateriam a sonegação fiscal, que deixa de pagar de impostos anualmente  na ordem de R$ 415 bilhões, feitas pelos empresários e banqueiros brasileiros; não aumentariam as alíquotas do imposto de renda para quem é muito rico, pois tem países que ela chega a atingir 50% da renda.

Pelo contrário, estarão a serviço do capital especulativo nacional e internacional, aumentando ainda mais o pagamento dos juros da dívida interna, verdadeira sangria ao povo brasileiro e fonte de ganhos para os 5% mais ricos do país.

Para fazer tudo isso, a ditadura midiática que ora vivemos tem de ser aprofundada, inclusive a repressão aos sindicatos e aos trabalhadores.

O que propõe Aécio Neves e seus economistas doutrinados em universidades estadunidenses é uma ameaça ao bem-estar social do povo brasileiro, principalmente os de origem negra, que mora nos bairros periféricos das grandes capitais. É sempre quem paga o pato quando políticas desse tipo são implementadas.

O que o Brasil precisa é aprofundar as reformas iniciadas pelo governo Lula e estendidas pela presidenta Dilma, com combate sistemático a pobreza, redução da desigualdade social, aumento do salário mínimo e dos salários em geral.

Quem vive e anda nas periferias das grandes e médias cidades brasileiras percebe que há ainda muito o que fazer. O Brasil, apesar de ter avançado muito nos últimos 11 anos, apresenta uma imensa faixa da população que precisa que o Estado ao invés de reduzir, aumente os gastos com custeio. Esses gastos vão para a rubrica da educação, saúde, transportes, segurança, entre outros serviços essenciais prestados pelo Estado brasileiro.

A política econômica defendida pelo candidato Aécio Neves de matriz neoliberal foi um retumbante fracasso no mundo inteiro. Os economistas do Aécio envelheceram, mas não aprenderam com o mundo real.

O neoliberalismo transforma os ricos em bilionários e os pobres em miseráveis.

Esse é o debate que deve ser feito pelo povo brasileiro, sindicatos e partidos progressistas, pois o que está em jogo é a democracia brasileira e o futuro do Brasil como nação.

A Brazilian Under Elite (não tem projeto de nação) tem saudades do tempo em que era carrasca do nosso povo.

 

Evaristo Almeida é mestre em economia política pela PUC-SP e coordenador do Setorial Nacional de Transportes do PT

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A CHUVA E EU

Por Romeu Duarte
Chuva em Crateús, Ceará
Chove, chuva benfazeja, enche os rios que desde sempre correm para o mar. Realiza o milagre da vida em teu instante no ciclo da água, da nuvem para o açude passando por ti. Refresca esta terra tão árida, tão carente da tua presença, preenche as cacimbas barrentas, dá de beber aos homens, aos bichos e às plantas sedentas, devolve o viço a todos nós. Aviva as flores, adocica os frutos, realça o verde da paisagem além. Engrossa o córrego, faz dele riacho, Salgado, Jaguaribe, Acaraú, Coreaú. Derrama-te onde é preciso, no sítio onde te imploram, acendem velas e oram. Não te faças de rogada, chove mesmo com vontade, que te querem tempestade com raio, relâmpago e trovão, ensopando a rede branca onde os amantes, nus, se conhecem melhor.

Chove, chuva malfazeja, sobre esta cidade sofrida, desaba aos cântaros sobre esta urbe despreparada para te receber. Alaga as vias, destrói os pavimentos, derruba as árvores, transforma os vales em lagoas. Entope as galerias, destampa os bueiros, prepara armadilhas para os carros sob o viaduto mal planejado. Inunda as casas, expulsa as famílias, dá sentido às áreas de risco, afoga o menino que não sabia nadar. Constrói piscinas para as cobras e os ratos, maternidades para os mosquitos da dengue, viveiros para as mortíferas bactérias. Como se não fora pouco, torna em sabão as calçadas para as quedas dos idosos, as ruas para as batidas dos automóveis, o piso da varanda para o escorrego da vizinha chata. Cai, pois, qual maldição, canalha, ai de nós.

Chove, chuva bendita, desperta no pinguço a ânsia doida por cana e cajá. Ao meio-dia, sugere ao faminto, como repasto, um cozido untuoso, o pirão grosso e escuro do sangue bom da carne gorda. Ontem, já te prenunciava o halo brilhante em torno da lua. Hoje, logo mais, o arco-íris será o teu epitáfio. Enquanto por aqui imperas, com tua autoridade pluvial, distrai-nos com o tilintar de tuas gotas nas folhas, nas vidraças, no chão. Dispara o balé negativo dos limpadores de pára-brisas. Faz-nos não querer acordar, habitantes do gostoso mundo da preguiça que há sob as cobertas. Manda o pensamento para bem longe, para terras de dias cinzentos e invernosos assim, lugares descritos pela pena de um Dickens. Gera cheiros, lembranças de uma infância que já não há.

Chove, chuva maldita, despenca sobre os pobres miseráveis que vão trabalhar. Ei-los encharcados, molhados até os ossos, o cabelo escorrido, a maquiagem borrada, a se espremerem como sardinhas recém pescadas no interior dos ônibus-navios. Dá cabimento ao moleque sacana que, vendo as janelas cerradas, converte a atmosfera do coletivo numa podridão atroz. Incita o sadismo entre os motoristas, fazendo-os passar velozmente sobre as poças com o único intento do tripúdio aquático sobre os desvalidos transeuntes. Propicia gripes, acende febres, faz pingar narizes, transmuda roucas as vozes com o teu gotejar ou o teu mormaço, mortal sereno. Mantém a ferros a menina enfermiça em casa, ela louca para ganhar o bredo, não vai, já disse, chuva má.

Lá fora, o dilúvio. Zeus, São Pedro, Tlaloc, alguém, quem está no comando aí em cima? O céu está chorando, diria Clapton, de dor ou de alegria? Ah, como é dúbia minha relação com a chuva, de amor e ódio, de enlevo e abuso. A sirene de um carro de bombeiros corta a tarde. Mais uma tragédia dentre tantas na capital. Fortaleza se desmancha a olhos vistos; escorrerá pelo ralo? Em meio ao aguaceiro que agrada e perturba as pessoas do outro lado desta parede, como não lembrar as palavras finais do louro replicante, naquela Los Angeles poluída e terminal do filme inesquecível: “Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva”. Já vi tanta gente com esse carma: ser usado nas horas ruins e depois esquecido na bonança. Tal um guarda-chuva.

Fonte: jornal O POVO de 14 de abril de 2014. Imagem: http://crateus.ce.gov.br


NOVA LISBOA, VILA DO FORTE, FORTALEZA


Por Joaquim Cartaxo

Detalhe da costa do Ceará e a barra do rio Ceará.
In: ALBERNAZ, João Teixeira, o velho. Pequeno atlas do Maranhão e Grão-Pará. 1629.

Antes de Fortaleza, a capital do Ceará chamava-se Nova Lisboa e rodeava o forte de São Tiago construído na barra do Rio Ceará por Pero Coelho de Sousa, que a história registra com líder da primeira expedição que tentava colonizar o Ceará em 1603. O Forte de São Tiago e a localidade Nova Lisboa faziam parte da estratégia portuguesa de ocupar o litoral e depois o interior.

Em 1612, Martins Soares Moreno constrói o Forte de São Sebastião sobre a ruínas do forte erguido por Pero Coelho e Nova Lisboa passa a se chamar Nossa Senhora do Amparo; em 1637, a barra do rio Ceará foi ocupada por holandeses chefiados por Gedeon Mórris de Jonge; em 1649, Matias Beck atraca na enseada do Mucuripe (Mucuriba), caminha no sentido leste-oeste, instala-se no morro Marajaitiba (Rincão das Palmeiras), situado à margem esquerda do riacho Pajeú (Marajaik – riacho das Palmeiras), e ali ergue o Forte Schoonenborch sobre o qual foi construído, entre 1812 e 1823, a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, projeto de Silva Paulet.  Em 1726, Fortaleza foi elevada à categoria de vila por Carta Régia e no 13 de abril, daquele ano, instalada pelo Capitão-Mor Manuel Francês. Data em que se comemora o aniversário da cidade nos dias atuais.

Fortaleza surge devido a interesses militares, mas sem expressão econômica. Desde as tentativas de criação de entreposto militar no século XVII à Vila do Forte no século XVIII, Fortaleza aguardará o século XIX para ser animada pela atividade econômica de centro coletor e exportador de algodão, que aliada às atividades políticas e administrativas incrementarão a função comercial e a urbanização da incipiente Vila, a qual alcançará o século XXI classificada com a terceira metrópole brasileira em influencia socioeconômica, atendendo aos interesses e necessidades de 20 milhões de pessoas por ano, originárias de um território que se estende do Rio Grande do Norte ao Amazonas.  

Joaquim Cartaxo é arquiteto urbanista e secretário de formação política do PT/CE.

Fonte: jornal O POVO de 14 de abril de 2014. Imagem: www.google.com.br







quarta-feira, 9 de abril de 2014

UMAS E OUTRAS




imagem - vamoscorrendo.wordpress.com


Por Romeu Duarte
À memória de Cláudio Pereira

Dia desses, dei-me conta de que fazia exatos 40 anos que lidava com a birita. Pois é, como muitos dos meus contemporâneos, principiei cedo nas hostes etílicas. Dei o pontapé inicial, lembro-me bem, na festa dos meus quinze anos. O guaraná champagne já não me saciava a sede como eu queria, faltava aquele algo mais e a cerveja estava ali, olhando para mim, pedindo para ser bebida. Ah, o primeiro gole daquele líquido amargo, gasoso e gelado, cheio de mistério e promessas, a gente nunca esquece. “Bom como o cheiro de cerveja”, disse Guimarães Rosa de Jó Joaquim, loa em forma de símile em seu Desenredo. Doido para deixar de ser menino, agora era criar jeito de homem. O álcool parecia ser uma boa, principalmente se mamãe, fera, não ralhasse...
Os começos são sempre difíceis. A ânsia de conhecer e dominar a prática do levantamento de copo sempre esbarrava na falta de resistência do organismo a tanta ginástica. Disso resultavam ressacas homéricas: o miserável o dia inteiro de molho, no escuro, avesso a barulho, a todo momento chamando seus amigos Hugo, Juca e Raul. Mas, como disse Albert Camus, “não se pode criar experiência, é preciso passar por ela”. Só o tempo para forjar no corpo modos e maneiras de biriteiro, sutil exercício este que precisa de um certo tipo especial de academia para se realizar: o bar. Pela ordem cronológica de freqüência: Bar da Tia, Barbra’s, Barraca do Ideal, Lido, Estoril, Choperia do Romcy, Bar do Aírton, Padaria Espiritual, Opção, Alpendre, Cantinho, Helano...
A vodca lhe faz dançar como um Fred Astaire e, de repente, faz o chão sumir sob seus pés. “Motorista, let’s go!”; “Vamos para onde, senhor?”; “Ora, para minha casa!”; “E onde fica a sua casa?”; “Jamais saberás!”. Uísque só após o crepúsculo e com o estômago forrado. “Comigo não tem isso não, bebo na hora que eu quiser, na minha barriga não tem relógio”. Vinho tinto para carnes vermelhas, vinho branco para frutos do mar. “Bacalhau não é peixe, bacalhau é bacalhau, Periquita nele!”. Porre de gim, além de grande, é sempre o primeiro e o último. “Para o mundo, que eu quero descer!”. Cachaça, no banho de açude ou debaixo de chuva, não tem igual. “Querida, vou dar um tempo na cana, mas deixe só passar essa safra de cajá”. Presepadas mil: a cada trago, dez chistes.
A transformação do suave amador de fim de semana no diarista polido e compenetrado. Quis saber certa vez Adélia Prado: “Quantos sacos de arroz já consumi?”. Parafraseando-a, pergunto eu: “Quantos rios da zinebra já bebi?”. Fará diferença? Claro que sim: tantas boas amizades feitas nas mesas, generosas do tamanho da cidade, uma turma imensa em que todos e todas se conhecem e se gostam, brindes espocando, violões violando o silêncio besta com seus bordões, a lua dizendo adeus, o sol dando bom dia, “Garçonzinho, me ajude, amigo, quero me embriagar”, quanta saudade, Cláudio Pereira. Seria todo bebedor um alcoólatra? Nada disso: Mário Quintana ergue a taça e diz: “Só se deve beber por gosto: beber por desgosto é uma cretinice”. Evoé, Baco!
Que ninguém veja aqui qualquer estímulo ou elogio a esse ofício, tampouco coisa de gabola ou fanfarronice. Trata-se apenas do singelo testemunho de alguém que sempre só encontrou prazer no que é, antes de tudo, uma arte. Há, claro, os que andam por aí com um cartaz imaginário pendurado no pescoço, escrito assim: “Não dêem bebida a este animal”. Fujo dessas figuras como o vampiro foge da luz solar. Não é que o álcool degrade o homem; como afirmou Chesterton, o homem é que degrada o álcool. Seria este um consolo para os males da vida, as decepções amorosas, os reveses da sorte? Paulo Mendes Campos, cronista brilhante que bebia mal, resumiu o lance numa bela imagem poética: “O homem entra no bar para transcender-se: eis a miserável verdade”. 

Fonte: jornal O POVO de 7 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O PT COMEÇA A RESGASTAR AS REFORMAS DE BASE


Por Débora Pereira 

O Diretório Nacional do PT, reunido   em Brasília dia 20 de março, em sua resolução política deixou claro que pretende avançar nas mudanças do Brasil, retomando a agenda interrompida pelo Golpe Militar de 64, que faria o país se tornar mais justo e desenvolvido: as Reformas de Base propostas pelo então presidente deposto João Goulart. Diz a resolução:

Passado meio século do golpe que interrompeu a agenda progressista de reformas de base anunciadas naquele tempo, o Brasil experimenta os avanços do ciclo virtuososo dos governos liderados por Lula e Dilma. Nestes 12 anos, avançamos em reformas significativas para o país, mas nos deparamos com o desejo cada vez mais latente de realizarmos um conjunto de reformas estruturantes, já apontadas no 5° Congresso do PT. Esse salto no programa a ser apresentado pelo PT será conformado a partir da mobilização e no diálogo com os movimentos sociais e através do debate político com os partidos que compõem a nossa base aliada.

Esta sem dúvida é uma proposta que o partido e a sua nova geração devem discutir com serenidade e clareza.

Em um cenário que tinha o Brasil organicamente comprometido por dois mandatos Tucanos com a implementação da agenda do Consenso de Washington, o PT teve que elaborar uma estratégia de centro-esquerda, com alianças amplas, para vencer em 2002. Apresentou-se à sociedade como sendo capaz de governar com propostas concretas para os entraves do país, coerente com seu discurso democrático e popular, e lançou a Carta aos Brasileiros. A estratégia visava aglutinar em torno do partido o setor empresarial, produtivo, perdedor com a Era FHC e, em nível local, somar a força de outros partidos para tentar enfraquecer ou isolar o principal partido do neoliberalismo brasileiro, o PSDB, e os seus já desgastados resultados sociais.

Na Carta, o recado era claro: vamos implementar a agenda que falta do emprego, da proteção social, da distribuição de renda, do consumo de massas, da ampliação do exercício de direitos sem mexer nos contratos estabelecidos e nos pilares que levaram formalmente à estabilização, o chamado tripé econômico, formado pelo superávit, câmbio flutuante e metas de inflação. O PT em nenhum momento escondeu seu programa da sociedade. Pelo contrário, o debate da estratégia foi feito internamente, mas com total cobertura da imprensa, e o Modo Petista de Governar foi amplamente divulgado na propaganda partidária.

Passados 12 anos de nosso governo e dentro destes marcos, o país conseguiu combinar crescimento com distribuição de renda, obtendo média muito maior do que nos anos de neoliberalismo e até da média mundial, no primeiro caso e, no segundo, passando à referência nacional no combate à fome e na distribuição de renda, por exemplo. Políticas sociais não apenas foram implementadas, como institucionalizadas, o estado voltou a planejar, a massa salarial subiu, o crédito se ampliou, o mercado de massas interno se consolidou e garantiu a travessia por duas crises mundiais, o papel das empresas estatais na indução do desenvolvimento passou a ser determinante, acumulamos recordes em reservas internacionais, as rotas comerciais se aprofundaram. Simbolicamente, a descoberta do pré-sal, a conquista da Copa e das Olimpíadas e houve a conversão de devedor a credor do FMI. Este processo tornou o Brasil a 7a economia mundial, líder da integração sul e latino-americana, um dos BRICS.

Assim, como bem disse Chico Buarque, o Brasil passou a falar grosso com os países grandes e até com a economia global, tanto em matéria econômica, quanto em política.

Em 1964, no auge da luta e articulação social pelas reformas de base e quando todos sonhavam que o país seria tão aceito mundialmente quanto a Bossa Nova, veio com golpe militar amparado em quatro pilares: uma retórica da corrupção, da crise, da “ameaça comunista”, em aliança do grande partido da direita nacional (UDN) e os interesses estrangeiros.

Hoje, quando reina o otimismo entre a juventude e a popularidade do governo bate recordes (assim como batia o de Jango) o que está na agenda da direita para esta campanha eleitoral? Os ataques à Petrobrás e seus desdobramentos, a falácia de que o governo do PT sustenta ditaduras na América Latina, a retórica exaustivamente ensaiada da partidarização/aparelhamento dos órgãos federais pelos petistas, o interminável noticiário em torno da corrupção; o incentivo por lideranças políticas, religiosas e do show business ao preconceito, justiçamento e relativização do que foi a Ditadura Militar e a busca por criar um clima de insatisfação a partir da criação midiática de um clima de insegurança.

Discursos de um Judiciário que interfere nos outros poderes e brada contra o que chamam de bolivarianização do país, atribuindo tal horizonte a uma ditadura disfarçada (que se linka com a tese do aparelhamento do estado). Sem contar, claro, a cantilena da política de alianças, daqueles que apelam para o discurso da “coerência” como sinônimo de um partido pequeno, eternamente de oposição, mas com ideais puros capazes de empolgar os filhos das elites que aplaudem os “princípios” de uma agremiação de trabalhadores.

Movimentos mais amplos são ensaiados. As agências de risco internacional rebaixam a nota do Brasil, num movimento claramente político para desestabilizar a economia e ajudar a oposição, como as notícias plantadas contra a economia brasileiro no The Economist e Financial Times. No Congresso, partidos aliados travam agendas centrais, como o Marco Civil da Internet, por exemplo, pressionados por fortes lobbyes empresariais.
Fato é que a Direita teme o que temeu em 64: a efetiva independência nacional.

Se um golpe está no horizonte é difícil dizer, assim como também negar. É importante lembrar que as denuncias de “Mensalão”, em 2005, tentaram, antes de tudo, derrubar o governo via Impeatchment ou “convencer” Lula a não ir à reeleição. Um golpe branco. Não exatamente militar, assim como não foi militar em Honduras, Venezuela, Paraguai.

Por isso, o melhor é ir adiante.

Embora nossos governos tenham implementado uma série de políticas no sentido das reformas estruturantes que defendemos desde a fundação do partido, é preciso reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de modernização do Brasil, expressando as novas lutas democráticas que se anunciam, por exemplo, pelas Jornadas de Junho, além de outros movimentos sociais, sejam tradicionais ou não.

E se há quem acredite que a agenda está ultrapassada, foi superada e que estamos equivocados, basta regatar o conjunto de reformas, enunciadas no Comício da Central de março de 1964: reforma Bancária, Reforma Política, Tributária, Administrativa, Universitária, Urbana e Agrária. Qualquer semelhança com a agenda defendida hoje para o Brasil certamente não é mera coincidência. E, deste modo, é importante resgatar a agenda interrompida pelo golpe, adaptando-a ao Brasil atual e dialogando seu conteúdo com a sociedade, com os partidos, com os entes federados, com o Congresso Nacional, com os movimentos sociais, com os empresários, com nossos parceiros internacionais

A juventude que não conheceu a Era FHC e vai votar pela primeira vez, mas também todos aqueles que confiaram em nosso projeto nos confiaram o Brasil, precisam de uma mensagem clara para o futuro e uma plataforma concreta com início, meio e fim que permita ao Brasil compreender e apoiar o aprofundamento do desenvolvimento nacional soberano. Acredito que essa mensagem se expressa em um conjunto de reformas que avancem para a mudança da estrutura do Estado. Que venha o próximo governo Dilma.

Debora Pereira é membro do Diretório Nacional do PT e assessora da bancada de vereadores do PT na Câmara Municipal de São Paulo.

Fonte: www.pt.org.br

O PARANÁ NO SÉCULO XXI CONDUZIDO POR UMA NOVA GERAÇÃO

Por Amanda Lemes


 
Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo. 


O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.


O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.


No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.


Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.


Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.


O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.


Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.

Fonte: http://www.pt.org.br



Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
- See more at: http://www.pt.org.br/artigos/view/artigo_o_parana_do_seculo_xxi_conduzido_por_uma_nova_geracaeo_por_amanda_le#sthash.n3iPHOd5.dpuf




Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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Artigo: O Paraná do século XXI conduzido por uma nova geração - Por Amanda Lemes

No Brasil, quatro grandes gerações se destacam: a que lutou e sonhou com um Brasil desenvolvido e encampou a proposta das Reformas de Base, a que resistiu contra a interrupção deste sonho e enfrentou a ditadura, a que conquistou a redemocratização e a construção de um partido de esquerda apto a governar, com resultados bem sucedidos,e esta quarta geração, a quem cabe levar este projeto adiante por vias democráticas. Nela reside a missão de atualizar a estratégia e o programa partidário, e mobilizar a sociedade pelo desenvolvimento, seguindo a tradição petista de propor à sociedade uma plataforma para o futuro, com uma mensagem clara e com propostas concretas e factíveis.


Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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Artigo: O Paraná do século XXI conduzido por uma nova geração - Por Amanda Lemes

No Brasil, quatro grandes gerações se destacam: a que lutou e sonhou com um Brasil desenvolvido e encampou a proposta das Reformas de Base, a que resistiu contra a interrupção deste sonho e enfrentou a ditadura, a que conquistou a redemocratização e a construção de um partido de esquerda apto a governar, com resultados bem sucedidos,e esta quarta geração, a quem cabe levar este projeto adiante por vias democráticas. Nela reside a missão de atualizar a estratégia e o programa partidário, e mobilizar a sociedade pelo desenvolvimento, seguindo a tradição petista de propor à sociedade uma plataforma para o futuro, com uma mensagem clara e com propostas concretas e factíveis.


Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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Artigo: O Paraná do século XXI conduzido por uma nova geração - Por Amanda Lemes

No Brasil, quatro grandes gerações se destacam: a que lutou e sonhou com um Brasil desenvolvido e encampou a proposta das Reformas de Base, a que resistiu contra a interrupção deste sonho e enfrentou a ditadura, a que conquistou a redemocratização e a construção de um partido de esquerda apto a governar, com resultados bem sucedidos,e esta quarta geração, a quem cabe levar este projeto adiante por vias democráticas. Nela reside a missão de atualizar a estratégia e o programa partidário, e mobilizar a sociedade pelo desenvolvimento, seguindo a tradição petista de propor à sociedade uma plataforma para o futuro, com uma mensagem clara e com propostas concretas e factíveis.


Uma nova conjuntura política se apresenta no Brasil de 2014. Somos o país do pré-sal, da Copa e das Olimpíadas, credor do FMI, do pleno emprego, referência mundial em combate e reversão da fome e da extrema pobreza. Projetos como o Bolsa-Família e o PAC são motivo de turismo institucional de outros estados do mundo.
O caminho a partir daqui não pode ser o “estou pronto para tomar medidas impopulares”, como declarou Aécio Neves em reunião com os empresários mais ricos do país neste dia 02/01, muito menos “rever o modelo de partilha do pré-sal”, outra promessa do presidenciável em palestra também a empresários na segunda-feira, Dia da Mentira. Menos ainda o “legado de FHC”, muito bem conceituada pelo ex-ministro José Dirceu como “herança maldita”, e seu rastro de endividamento externo, aumento da pobreza, recordes de desemprego, congelamento de salários, venda do patrimônio público para empresas estrangeiras com suporte financeiro de nossos bancos de fomento, como o BNDES.
O caminho, em âmbito nacional, tem que ser o de completar a modernização do pais. Modernizar no sentido que o presidente Lula tem sempre repetido, que é o do choque inclusão social. As Reformas de Base que estavam em plena discussão pela sociedade durante Governo de João Goulart, que foi drasticamente interrompido pelo golpe civil-militar, abordavam temáticas que seguem atuais. Não como uma radicalização, mas para reorganizar o pacto com a sociedade e com os aliados em torno de um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil, ainda melhor do que este. Esta é a agenda que deve responder às crises artificiais que a mídia, com suporte até de ministros do STF, tentam criar em torno de uma “bolivarianização” do Brasil, ações coordenadas entre a oposição tucana e o sistema financeiro internacional, como o rebaixamento da nota do Brasil pela agência S&P, para disseminar um temor nos mercados visando favorecer o PSDB (coisa que sequer se confirmou). Ou, ainda, os ataques à economia, também coordenados na The Economist passando pela surreal CPI da Petrobrás, que busca criar um ativo eleitoral e, ao mesmo tempo, prejudicar o desempenho desta que é uma grande player global na área do petróleo.
No Paraná, assim como nos demais estados brasileiros, como falamos em democracia e, portanto, de governança democrática, o tema da gestão ganha uma dimensão especial. O desafio é fazer com que os resultados globais do desenvolvimento nacional como a redução das desigualdades sociais, pleno emprego, aumento da massa salarial, elevação dos investimentos, ampliação da infraestrutura logística, ampliação do acesso à educação e à saúde - se enraízem nos territórios e regiões. É preciso enfrentar a dimensão federativa da reforma tributária, a imperiosidade de aproximar o progresso local com ciência e tecnologia, o uso e distribuição da matriz energética do país, e questões-chave que surgiram nas manifestações de junho de 2013, como a busca por soluções mais estruturantes, conjuntas, planejadas, providas pelo poder público com escuta à sociedade.
Assim, questões como melhorar a qualidade dos serviços públicos disponibilizados aos cidadãos e ao setor produtivo,  a eficiência e a qualidade do gasto público no curto e longo prazo, a capacidade de governança na implementação de políticas públicas, a participação social para que os cidadãos se tornem efetivamente partícipes na atividade pública, os investimentos públicos que visem acelerar a competitividade, modernização dos marcos legais de licitação e contratos, agendas estratégicas de desenvolvimento territorial são da maior importância.
Para responder a tais desafios, p Paraná pode se espelhar em muitas experiências importantes em curso no governo da presidenta Dilma visando criar as condições para mais avanços, como por exemplo a participação social, através de um fórum interconselhos, para elaboração e monitoramento do Plano Plurianual, o ajuste do ciclo das conferências nacionais ao ciclo de gestão deste mesmo Plano, que também engloba as fases de orçamentação; o programa que incentiva o a elaboração de planos estratégicos no âmbito dos consórcios intermunicipais, buscando soluções coletivas para os territórios, mas alicerçado na cooperação e sinergia federativa para priorizar e regionalizar investimentos e políticas públicas, e tantos outros exemplos, como os contantes na Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados.
O Paraná não merece mais o ultrapassado. Seja, de um lado, o neoliberalismo representado pelo governador Beto Richa, um projeto carcomido que há mais de uma década o Brasil e a América do Sul, tão próxima e fronteiriça ao nosso estado, enxotaram de suas vidas sociais. Seja, de outro, a volta ao passado recente, que teve seus méritos, mas não conseguiu imprimir uma agenda, ao mesmo tempo de esquerda, democrática e popular, mas sobretudo moderna, eficiente, empreendedora. Este é o momento da aposta numa nova geração, de políticas públicas para tirar o estado dos anos 90 em termos de agenda econômica e social e para aprofundar o sentido do projeto nacional experimentado pelo Brasil, e de governantes e dirigentes públicos a conduzir este novo ciclo de desafios, representada pela senadora Gleisi Hoffman.
Amanda Lemes é membro da Direção Nacional da Juventude do PT, é da Executiva Estadual do PT-PR, advogada por formação e Investigadora da Polícia Civil do Paraná.
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