Aglomerações econômicas culturais reúnem
territorialmente sujeitos sociais, econômicos e políticos com vistas ao
desenvolvimento de atividades específicas, em que a capacidade criativa das
pessoas é o maior capital e a diferença da economia criativa dos outros setores
econômicos.
Sublinhe-se que o conceito de economia criativa se
encontra em construção e evolução permanente à volta do mundo, dada a natureza
dela, sustentada no relacionamento entre a criatividade, o simbólico e a
economia. Portanto, a economia criativa combina as atividades econômicas
sujeitas ao conteúdo simbólico e à inventividade como fatores mais
significativos para a produção e a comercialização de bens e serviços.
Estudiosos da economia criativa registram o modo de
criatividade em que as pessoas se realizam como indivíduos, característica
encontrada em todas as sociedades e culturas. Outro modo é o que gera produto,
mais forte nas sociedades industriais que colocam valor mais alto na novidade,
na inovação tecnológica, na propriedade intelectual.
Criatividade combinada com os aspectos simbólicos
permite à economia criativa fomentar arranjos dos seguintes campos culturais:
artes de espetáculo (dança, música, circo, teatro); audiovisual e livro,
leitura e literatura (cinema e vídeo, publicações e mídias impressas); criações
culturais funcionais (moda, design e arquitetura); expressões culturais
(artesanato, culturas populares, culturas indígenas, culturas afro-brasileiras,
artes visuais, arte digital); patrimônio (material, imaterial).
Inclusão produtiva e melhoria da competitividade
desses segmentos culturais nos mercados requer a realização do inventário de
aglomerações criativas, planejamento estratégicos delas com seus respectivos
modelos de negócios, integrando e articulando interesses públicos e privados envolvidos;
promovendo a sustentabilidade socioambiental e econômica dos territórios
criativos.
Fonte: jornal O Povo, edição de 21/07/2015
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