segunda-feira, 28 de março de 2011

O poder metropolitano

Joaquim Cartaxo

Estudo do IBGE, denominado Cidades que Influenciam e publicado em 2008, aponta Fortaleza como a terceira metrópole brasileira em influência socioeconômica e cultural. Tal posição se manifesta nos 20 milhões de pessoas, originárias dos estados que conformam um território que se estende do Rio Grande do Norte até o Amazonas, buscando o atendimento de seus interesses e necessidades em uma cidade prestadora de serviços e com atividade comercial intensa.

Assim, a política urbana de Fortaleza precisa ser pensada, organizada e praticada com base nesse seu poder metropolitano de influência. É na capacidade de influenciar que encontraremos as oportunidades mais adequadas para equacionarmos o desenvolvimento sustentável
da capital do Ceará.

Traduzir essa política em ações e projetos implica avaliar os fatores de produção (capital social, capital humano, capital financeiro, conhecimento, pesquisa, informação e instituições) e as potencialidades presentes e ocultas; explicitar os fatores restritivos ao desenvolvimento e à movimentação dos sujeitos políticos e sociais na perspectiva de ampliar o alcance dos fatores potenciais e, ao mesmo tempo, superar os que causam restrição ao desenvolvimento sustentável.

A ação dos sujeitos políticos e sociais deve estar centrada na articulação e integração das dimensões política, social, cultural, econômica e ambiental em que valores, instituições locais e fatores produtivos devem ser organizados e mobilizados de modo a atender aos interesses e as carências da cidade.

Em suma: tal procedimento objetiva efetivar políticas de fortalecimento e qualificação do poder de influência da cidade. No sentido de consolidar o desenvolvimento urbano como estratégia de produzir condições sociais, econômicas, culturais, ambientais e territoriais capazes de suportar com sustentabilidade a geração e a atração de novas atividades produtivas.

Joaquim Cartaxo

cartaxo@hurb.com.br

Arquiteto e mestre em desenvolvimento urbano e regional


Fonte: O POVO Online/OPOVO/Opinião

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