quarta-feira, 20 de novembro de 2013

URBANISMO ECOLÓGICO

Por Joaquim Cartaxo

Parque Namba - Localizado em Osaka, Japão, este ousado projeto de um parque de terraços foi laureado como um dos quatro melhores em todo o Pacífico Asiático pelo concurso do Urban Land’s Institute (ULI) – 2009 Awards of Excellence.



Urbanismo ecológico é desenhar a cidade com a natureza. Sua teoria e prática relacionam tópicos que são essenciais como caminho a ser trilhado na busca da melhoria das condições de vida e trabalho da população. 

Adensamento de pessoas e atividades com espaços públicos para congrega-las é um desses tópicos. Fundamental para construção de cidades sustentáveis, o adensamento cria possibilidades de ampliar as áreas permeáveis, produzir área verdes com vegetação de preferência nativa e contribuir para biodiversidade; amplia possibilidades de deslocamento a pé e consequentemente proporciona menor necessidade de transporte individual; permite maior aproveitamento da infraestrutura, espaços livres, equipamentos, comércio e serviços. Assim, se constroem cidades compactas que crescem para dentro delas no lugar de cidades espraiadas, difusas que crescem para todos os lados.

Outro tópico é reconhecer os processos naturais, geológicos e hídricos, no trato das questões urbanas, priorizando nos projetos de arquitetura e urbanismo elementos como energia limpa gerada pelo sol, ventos e resíduos orgânicos; coleta e reciclagem de águas das chuvas; reutilização de edificações existentes; uso de instalações reversíveis, adequáveis a situações imprevistas, não programadas.

Da mesma forma, criar ambientes urbanos produtivos voltados para produção de alimentos e reaproximação das pessoas aos processos naturais por meio da construção de hortas em canteiros, tetos, ruas e lugares abandonados por exemplo. Tais ambientes precisam estar relacionados no planejamento urbano ambiental e socioeconômico. 

O urbanismo ecológico propugna que a estruturação urbana baseada no sistema viário deve ser substituída pelo traçado dos recursos hídricos. Assim sendo, eles inevitavelmente serão preservados, no lugar de emparedados. Os rios e lagoas passarão a ser vistos e as pessoas serão reconectadas com sua paisagem.

Fonte: 
Jornal O POVO, 18 de novembro de 2013
Foto - http://arquitetogeek.com/2009/10/21/20/

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