Urbanismo
ecológico é desenhar a cidade com a natureza. Sua teoria e prática relacionam
tópicos que são essenciais como caminho a ser trilhado na busca da melhoria das
condições de vida e trabalho da população.
Adensamento
de pessoas e atividades com espaços públicos para congrega-las é um desses
tópicos. Fundamental para construção de cidades sustentáveis, o adensamento cria
possibilidades de ampliar as áreas permeáveis, produzir área verdes com
vegetação de preferência nativa e contribuir para biodiversidade; amplia
possibilidades de deslocamento a pé e consequentemente proporciona menor necessidade
de transporte individual; permite maior aproveitamento da infraestrutura, espaços
livres, equipamentos, comércio e serviços. Assim, se constroem cidades
compactas que crescem para dentro delas no lugar de cidades espraiadas, difusas
que crescem para todos os lados.
Outro
tópico é reconhecer os processos naturais, geológicos e hídricos, no trato das
questões urbanas, priorizando nos projetos de arquitetura e urbanismo elementos
como energia limpa gerada pelo sol, ventos e resíduos orgânicos; coleta e
reciclagem de águas das chuvas; reutilização de edificações existentes; uso de instalações
reversíveis, adequáveis a situações imprevistas, não programadas.
Da
mesma forma, criar ambientes urbanos produtivos voltados para produção de
alimentos e reaproximação das pessoas aos processos naturais por meio da
construção de hortas em canteiros, tetos, ruas e lugares abandonados por
exemplo. Tais ambientes precisam estar relacionados no planejamento urbano
ambiental e socioeconômico.
O
urbanismo ecológico propugna que a estruturação urbana baseada no sistema
viário deve ser substituída pelo traçado dos recursos hídricos. Assim sendo,
eles inevitavelmente serão preservados, no lugar de emparedados. Os rios e
lagoas passarão a ser vistos e as pessoas serão reconectadas com sua paisagem.
Fonte:
Jornal O POVO, 18 de novembro de 2013
Foto - http://arquitetogeek.com/2009/10/21/20/
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